Antítese
Coxeava o velhote
Que atravessava a rua
Com uma flor na mão
Uma gerbera encarnada
Viçosa, cheia de vida
A antítese do velhote
Que a levava
Agosto de 2017
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Coxeava o velhote
Que atravessava a rua
Com uma flor na mão
Uma gerbera encarnada
Viçosa, cheia de vida
A antítese do velhote
Que a levava
Agosto de 2017
A Paula é minha colega no yoga. Não vai com muita frequência, mas nas poucas vezes que a vejo na aula, tem no final o companheiro à sua espera, sorridente, à porta do prédio. Há sempre um afetuoso abraço e um beijo efusivo. Sigo a imaginar que todos os dias se reencontram assim.
É cada vez mais difícil começar o dia sem a escrita e a leitura.
Estou a apreciar cada momento de dedicação ao meu recém-criado blogue no Sapo. Faço-o essencialmente por mim, mas também porque gostaria de ser inspiradora para outros/as.
De qualquer forma, estou a desfrutar em pleno da experiência. E enquanto me der prazer é para continuar.
Porque a vida se resume a isto, a recarregar as baterias com os pequenos prazeres do quotidiano.
Criando rotinas que se tornam rituais muito especiais.
Não há nada como um bom banho quente (e pouco ecológico) para atenuar o peso de uma noite de 5 horas mal dormidas, após um serão noite dentro à conversa com o filho, que precisava de falar sobre esta “sociedade hipócrita e superficial” onde não consegue encaixar-se. Porque o seu conceito de “amizade não é ir beber copos todos os fins de semana e embebedar-se só porque sim”.
“Frémito”
Sussurro; murmúrio
Estremecimento; abalo; comoção
É o que consta no dicionário
Sempre gostei desta palavra
Vá-se lá saber porquê…
É nela que penso
Quando não me para o pensamento
E as palavras andam à luta
Na minha mente
O murmúrio de uma amálgama de ideias
Que me estremece inteira
Acelerando-me o sangue nas veias
Revolvendo-me de comoção
Sinto tudo e não sinto nada
Toda remexida por dentro
Encrespada por fora
Até que, sem escolha,
A esse frémito me abandono
Pego na caneta e escrevo
Agosto de 2017
Awkward when we speak
Incomplete when silent reigns
Miserable emotions
Swaying doubt into my mind
Nourishing grief and contempt
Revealing something in you
That might not be there
But that I see nonetheless
With disappointment
And mischief
Agosto de 2017
Sou life coach. Consigo ver perfeitamente qual é a estrutura de pensamento que está a boicotar a felicidade e o bem-estar de alguém. Sei quais são as estratégias mais eficazes para ajudar a (re)ordenar essa estrutura, alinhando-a com os valores da pessoa e assim potenciar a sua satisfação…
Mas é preciso que “a pessoa” queira (re)ordenar-se. É essencial que esteja no momento certo para a mudança. Quando se trata de um filho tendemos a querer que mude antes do tempo. E a frustração é gigantesca quando o vemos numa espiral descendente e nada podemos fazer para interromper o círculo.
Apesar que não querer ouvir as teorias da própria mãe e de afirmar que não precisa de apoio nem de conversas, insistimos em tentar “ajudar”.
Muitas vezes já não sei se ajudo ou desajudo. Se devo insistir ou desistir.
Talvez devesse confiar que chegará o seu momento de mudança em breve, dando-lhe espaço para explodir violentamente sempre que se vê ao espelho e fazer de conta que não oiço nem vejo...
Ilustração de RBR. Todos os direitos reservados.