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Um pássaro sem poiso

Palavras soltas, livres, voando por aí

Um pássaro sem poiso

Palavras soltas, livres, voando por aí

30.06.20

Endless voyage


Isa Nascimento

I wish I were a bird

To fly towards you

Across the world

Across the oceans

Across the skies.

 

No matter where

I would meet you,

Wrap you in my wings

My feathers caressing

Your whole being,

Comforting you

Healing past wounds

Easing your grief.

 

And I would elevate our souls

Embraced in my soft plumes

Entangled in the clouds

Building a lighter future

Made of old bricks

Shaped anew.

 

Setembro de 2016

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26.06.20

O sol abriu para mim…


Isa Nascimento

Saí de casa, resignada, para tomar café noutro local que não na minha esplanada favorita.

O céu estava encoberto. O ar cinzento e fresco. Não era uma boa manhã para tomar café ao ar livre.

A meio caminho, o sol resolve “dar um ar de sua graça”, exibindo o seu afável brilho matinal  e aquecendo-me o corpo num afago caloroso.

Voltei para trás e dirigi-me à tal esplanada, onde pude desfrutar do meu café  e do meu amigo sol durante uma meia hora.

Nessa meia hora avancei um pouco mais na leitura de “Intuição”, de Osho, e deparei-me com a frase:

Há alguma poesia no seu coração? Se não há, então não perca tempo. Ajude o seu coração a tecer e a fiar poesia.

Sorri. 

Agradeci ao sol por ter transformado o meu dia em poesia e por se ter encoberto novamente, dizendo-me que estava na hora de ir trabalhar. 

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25.06.20

Noutra vida


Isa Nascimento

Talvez não acredites

Mas diria que sofro o dobro do que sofres

Quando te vejo a chorar

Quando falas comigo revoltado

Convencido de que a vida de nada vale

 

Talvez não acredites

Mas chego a querer morrer

Só para não te ver sofrer

Tão profundamente perdido

Desorientado nesta vida que não desejas

Afirmando que nunca poderás ser feliz

 

Talvez julgues que exagero

Ao chorar compulsivamente

Por não ser capaz de te ajudar

Por não conseguir livrar-te dessa angústia

Que te impede de ser feliz

E me rouba a alegria de viver

À medida que a tua dor nos dilacera

 

Talvez julgues que exagero

Desejando partir contigo

Fugindo os dois destes dias obscuros

Resgatando-te dessa dor atroz que te corrói

Destruindo-me a mim também

 

Quem me dera ter-te no meu colo novamente

Recomeçar tudo de novo

Percorrer outro caminho

Noutra vida em que não desejasses morrer

Nem eu morrer contigo

 

Junho de 2020

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24.06.20

Descreve o teu rosto em cem palavras


Isa Nascimento

desafio da Ana de Deus  vai passando de rosto em rosto e chegou ao meu por convite da nossa querida Olga

Aqui vos deixo então “o meu rosto em cem palavras"…

É retangular, alongado, de testa bem alta. Curiosamente, quando sorrio com vontade, as bochechas sobem para junto dos olhos e fico com cara de bolacha. Por isso, o meu sorriso não é nada fotogénico.

Os meus olhos são pequenos, com pestanas finas e curtas, sobrancelhas naturais com todos os pelos a que têm direito. A cor é verde, claro e brilhante. É nos meus olhos que toda a gente repara.

O nariz é “abatatado”, uma das narinas é redonda e a outra é oval. Os lábios são finos.

As rugas são ainda poucas, enganando a idade e os problemas. 

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20.06.20

Solstício de verão 2020 | 20 de junho


Isa Nascimento

Porque será que te chamam sol?

Um nome tão pequeno

Para o farol da humanidade

A fonte de luz eterna

Que nos cobre de ouro

Que se agiganta nos céus

Para iluminar os lares da terra

Dourar as searas que bailam ao vento

Transformar em prata os peixes no lago

E incendiar o horizonte num ocaso

Que apaixona os amantes.

 

Como cabe o astro-rei

Em três letrinhas apenas?

 

Janeiro de 2020

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