O desafio 30/30 chegou ao fim… e agora?
Por mera coincidência, ou talvez não, o desafio dos 30 poemas em 30 dias começou precisamente no dia 30 de julho.
Surgiu de repente, quase em jeito de brincadeira, porque tive de definir uma tarefa a executar diariamente, durante 30 dias seguidos, após o final de um ciclo de webinares intitulado "Quero Ser Meraqi".
Este programa de desenvolvimento pessoal tem como lema uma frase que adoro:
O melhor tempo do mundo é o que investimos a despertar o nosso potencial interior!
Por isso, não poderia deixar de definir um objetivo desafiante, que me ajudasse realmente a despertar o meu potencial interior (fosse ele qual fosse).
Na falta de uma ideia melhor, propus-me a escrever um poema por dia, a começar logo no dia seguinte para não correr o risco de perder o ímpeto, ou seja, no dia 30 de julho.
A publicação no blogue foi a minha estratégia de autocontrolo. Assumindo publicamente o objetivo, sabia que o iria cumprir à risca.
O que eu não sabia era o quanto me faltava descobrir do meu potencial interior.
Não fazia ideia de que tinha em mim a capacidade de encontrar a inspiração em qualquer lugar e (quase) sempre que o quisesse.
Toda a vida escrevi por impulso, por necessidade, quando as emoções se transformavam em turbilhão e precisavam de ser acalmadas, reordenadas, reorganizadas… através da escrita.
Tanto a minha pseudopoesia como os meus textos em prosa serviam de purga. A escrita era a ferramenta do meu processo catártico destinado, basicamente, a “aliviar a alma”.
Contudo, aquilo que começou como uma brincadeira veio a revelar-se um projeto transformador.
Os meus pseudopoemas transformaram-se em poemas, a minha pseudopoesia transformou-se em poesia, a minha “alma poética” ganhou asas e transformou-se no meu Estro.
Foi um processo de metamorfose: a transformação da Isa em poetisa.
Mas não cheguei lá sozinha. Sem os vossos comentários nem o vosso apoio diário, sem a partilha das vossas emoções nem a presença assídua da minha generosa companheira de viagem, esta metamorfose nunca teria acontecido.
Por isso vos deixo aqui a minha gratidão profunda. Mimaram-me, reconfortaram-me, elogiaram-me, ajudaram-me a encontrar o meu potencial criativo. Obrigada!
Não vos nomeio porque sei que não é preciso. Vocês sabem quem são e o quanto foram importantes nesta viagem que chegou ontem ao fim.
E agora? Agora é continuar a perseguir a inspiração até a encontrar. É nunca desistir.
Prosseguir e nutrir a minha capacidade criativa. É escrever poemas regularmente, trabalhá-los, limá-los, aperfeiçoar a técnica e a disciplina que qualquer arte exige. É partilhar convosco o que escrevo, mesmo que não o possa fazer diariamente.
Agora é tempo de me esforçar para merecer o nome de poetisa.
É preservar esta motivação poética que germinou com o vosso apoio, para que continue a florescer.