– Mãe, porque é que o Natal se chama Natal?
– Não sei filho, mas posso inventar…
Um grande sorriso se rasgou no rosto da criança.
– Inventa mãe, gosto muito de quando inventas histórias para mim.
A mãe devolveu-lhe o sorriso.
– Então, filhote, chama-se Natal porque representa o Nascimento do menino Jesus. Já viste que começam pela mesma letra?
– Pois é… nunca me tinha apercebido disso.
– E também porque é Amor. Não há Natal sem amor nem compaixão. Jesus veio ao mundo para nos encher os corações de amor.
– É por isso que damos presentes no Natal, mamã?
– Sim, damos presentes às pessoas que amamos. Depois vem o «t» que é de Todos. O Natal é de todos nós. Todas as pessoas, em todas as partes do mundo, podem celebrar o nascimento de Jesus.
– Agora há outro «a»… é de amor a dobrar, mãe? No Natal parece que as pessoas se amam mais…
– É verdade querido, assim parece, mas o segundo «a» é de Alegria. É a alegria do Natal que ilumina os nossos lares e anima as reuniões familiares. Consegues imaginar um Natal sem alegria?
– Claro que não mãe! Só de pensar no teus coscorões já estou com vontade de pular! Mas ainda falta o «l». Porque é que Natal termina em «l»?
– Porque é a primeira letra de Liberdade. A mãe disse-te que todas as pessoas podem celebrar o nascimento de Jesus, porém, não são obrigadas a fazê-lo. Se o nascimento do menino Jesus não for importante para elas, não há mal nenhum. Não festejam o Natal e pronto!
– Então há pessoas que não gostam do Natal?
O menino sentiu a tristeza chegar ao seu coraçãozinho...
– Podem não gostar de festejar o Natal ou não acreditar em Deus. Podem estar tristes demais para apreciarem o Natal. Podem viver num país em que é proibido ser cristão. Podem simplesmente não querer celebrar o Natal. E está tudo bem. Cada um é livre de viver os dias 24 e 25 de dezembro como quiser e como fizer sentido para si. Não há formas certas ou erradas de os viver.
A mãe abraçou o filho demoradamente.
– Então é por isso que em casa da Djamila não se celebra o Natal! Sabes mãe, achava isso muito estranho, mas agora compreendo. Para a família dela, o menino Jesus nunca existiu. Mas não faz mal, porque eu posso continuar a tê-lo no meu presépio. E a Djamila até gosta de o ver quando vem cá a casa estudar comigo!
– É isso mesmo filho, havendo Amor, Todos podemos viver em Alegria e Liberdade a época de Natal.
Nascimento
Amor
Todos
Alegria
Liberdade