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Um pássaro sem poiso

Palavras soltas, livres, voando por aí

Um pássaro sem poiso

Palavras soltas, livres, voando por aí

27.10.19

A melhor piza, o melhor pastel de nata e o melhor leitão… é o que dizem…


Isa Nascimento

Assim vivemos, em constante competição e comparação uns com os outros.

Porque não vivemos, simplesmente, o melhor que somos capazes?

Não seria melhor que competíssemos apenas connosco próprios, procurando todos os dias ser melhores pessoas do que fomos no dia anterior?

 

Não entendo esta necessidade desenfreada de mais e melhor. Sempre mais e melhores férias, roupas, carros, casas, restaurantes…

Até as notas dos filhos e as presenças nos quadros de mérito da escola são escarrapachadas nas redes sociais para que toda a gente saiba que os nossos filhos são os melhores.

 

E eu pergunto-me… será que essas notas vêm acompanhadas de felicidade?

Aquela criança tem tempo para brincar e desfrutar da sua infância tão preciosa?

Será que as notas são fruto de um gosto pelo desafio da superação, ou servem apenas para agradar aos pais e ganhar o “rótulo” do melhor?

 

Eu recordo a mim própria todos os dias que, invariavelmente, ter demasiado ou colocar a fasquia muito alto traz preocupações acrescidas. Quanto mais longe chegamos na posse de bens materiais e no sucesso profissional, maior é o preço emocional a pagar. É preciso conseguir equilibrar os pratos da balança.

 

Enquanto criarmos e educarmos as nossas crianças com base em padrões comparativos puramente quantitativos e materialistas, o futuro da humanidade estará seriamente comprometido.

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