A vida numa canção
Ah! Como gostaria que esta minha alma fosse de poeta
Tudo transformando em sonhos
Quimeras e desventuras apaixonantes
Vendo encanto em qualquer recanto
Como gostaria de escrever sem parar
Que as palavras fluíssem à solta
Construindo metáforas e rimas
De fazer chorar e pasmar
Sim, largaria as rédeas do pensamento
Confiando-me ao descontrolo sentido
Quando não me encontro se ao espelho me vejo
Quando o sono não vem e a noite me desatina
Não me importaria que chovesse ou fizesse sol
Porque nas lágrimas da chuva ouviria a poesia
E nos raios de sol espraiaria os meus versos
Enfiando a minha vida, toda, numa canção
Se a minha alma fosse de poeta
Não duvidaria de mim
Escreveria apenas
Só porque sim
Setembro de 2018