Ao meu encontro
Náufraga nos meus rios
À deriva sem leme
Acostando a qualquer porto
Seguro ou incerto
Cega pela neblina
Do espírito sem norte.
A cada paragem
Meus rios vão secando
Minhas feridas vão sarando
Encontrando-me em mim
Recuperando a minha essência
Salvando a verdade
Da minha alma
Antes desconhecida.
Vislumbro já o caminho
Em terra firme
Árduo e pedregoso
Que me conduzirá
Um dia
Ao equilíbrio
E à sintonia.
Setembro de 2016