Contadora de histórias
Sou uma mera contadora de histórias.
Não invento (quase) nada. A minha imaginação é pouco fértil e sou demasiado “terra a terra” para fantasiar o que quer que seja.
Recebo informação através de todos os meus sentidos, e ainda da minha intuição, tentando captar o máximo possível de detalhes. Depois limito-me a contar a minha perceção, resultante do meu próprio processo de generalizações e distorções, através do qual dou cor e sentimento àquilo que transmito. Não serei sempre fiel à realidade (independentemente do que este conceito possa significar) e acrescentarei alguns (muitos) pontos sempre que conto um conto, mas a minha vivência é invariavelmente o meu ponto de partida.
Foi por isto que, há dias, respondi ao caríssimo Dr. Doutor que só faço de conta que sou escritora. Pelos mesmos motivos também já declarei aqui no meu blogue que nunca serei poetisa.
Sempre que leio um livro que me absorve termino com a pergunta “como é que alguém consegue imaginar isto tudo?”. Deixa-me maravilhada.
Eu não nasci com esse dom, mas apaixona-me brincar com as palavras com a veleidade de conseguir contar algo que cause impacto em quem me lê, porque o exercício da comunicação é o que me move verdadeiramente.
Porque comunicar não é só transmitir informação, é também proporcionar experiências e agitar as emoções.