Folhas caídas
Caem vagarosamente
Pintando o chão de ocre e fogo.
Leva-as o vento no lamento
Do verão que fica para trás.
Tal aguarelas coloridas
Pintam parques e ruelas.
Chutam-nas divertidos os miúdos
Com o crepitar debaixo dos pés.
E trazem o frio e a chuva,
E o cheiro a castanha assada.
Levam confissões e promessas,
E o canto das aves que p’ró ano regressam.