Livremente só
Preciso de ti
Mas também de estar sem ti.
A liberdade que sinto
Sozinha com o meu pensamento
Ao caminhar, atenta,
Pela magnífica Duque D’Ávila
Com o sol a bater-me na cara
Banhando-me o corpo
Num abraço caloroso
Observando os reflexos da luz
Que ilumina as pedras da calçada
Com as ruas só para mim
Sem carros nem pressas
Far-me-ia voar, decerto,
Se asas tivesse.
Se fechar os olhos
Deixo-me elevar acima do espaço
Liberta, leve, solta
Capaz de fazer o que quiser.
Compreenderás, por isso,
Quando te digo
Que preciso da tua ausência
Tanto quanto da tua presença.
Agosto de 2017