O raminho no meu parapeito
No meu parapeito estava um raminho
Caído, inerte, recebendo o dia que despontava.
Nas várias folhas amarelas suas filhas
Brilhavam as gotas da chuva da noite
Dando-me os bons dias quando abri a janela.
Era só um raminho morto e imóvel
Mas assim enfeitado de cristais
Esperando, coroado de brilhantes, que o vento o levasse
Tornou-se meu e especial.
Novembro de 2019